Não sei o que quero... melhor... não sei escrever o que quero. Nem sei se chego a querer algo. Na verdade acho que quero uma bicicleta. Ou o Passeio Público de Curitiba e qualquer livro útil ou inútil ou tanto faz o que penso de um livro... E tanto faz o que penso de tudo quando o tudo que transforma o mundo não me toca. O tudo que falo é aquele em que ninguém tem coragem de colocar a mão, de afundar os olhos, de arrancar a pele. O tudo. E o nada? Que nada, que nada... e o nada? O nada, por vezes - muitas - é o tudo que muitos insistem em julgar nada. Que é o nada além de um amontoado de tudo posto de lado? Como um lixo, sendo reciclado por poucas, pouquíssimas almas. Pouquíssimas almas que muitos julgam o próprio vazio... porém, são apenas almas buscando pelo tudo mais fundo que se pode alcançar: o nada.