Dei espaço
ao meu amor
fez-se do meu circo
o palhaço
roubou minhas lonas
e cansou.
Cessou do apanhado
de conchas
a sereia:
e firmando-se na veia
pode ser em vão, maré.
Nem uma gota
na boca
mas no ar
cada partícula
que entrava
era um coma
alcoólico.
Meu penar
penando
depenou-se.
A sanidade é uma coisa que
pontinho pontinho pontinho e vácuo.
As betoneiras: sopa de legumes
e os estômagos mendigos acimentados.
Ainda me questionam
interrompem
quantas sombras
são a tua?
Falsa, crua
nua de sanidade
rica em variedade
de ser:
e nunca expor-se
ao ver.
E eu que me carregue
de mim, sendo sempre
o que não fui.